Projetos

Conheça os projetos atuais do Programa Rosas para Joaquina!

O projeto “Rosas para Joaquina na Praça” promove a conscientização da comunidade sobre enfrentamento à violência contra a mulher e a equidade de gênero em praças e espaços públicos. Faça parte!

O projeto “Rosas para Joaquina nos Cartórios” apoia os cartórios na implantação da política permanente de enfrentamento à violência contra a mulher, conforme Provimento CNJ n.º 147/2023. Seja cartório parceiro!

O projeto “Rosas da Experiência” promove ações de bem-estar, acolhimento, cuidado e enfrentamento à violência contra a mulher para idosas, cuidadores e seus familiares. Participe conosco!

O projeto Adolescente SER promove a conscientização de adolescentes sobre o enfrentamento à violência contra a mulher e a equidade de gênero. Contate-nos para a realização de ação em sua escola ou associação!

O projeto “Sementes do Roseiral” realiza rodas de conversa com crianças para o cultivo dos valores do amor ao próximo, gentiliza e respeito. Contate-nos para a realização de ação em sua escola ou associação!

Você tem o sonho de ajudar a construir um mundo melhor para as mulheres e meninas? Então, fale conosco e encaminhe proposta de ação ou projeto para realização conjunta com o Instituto Roseiral!

Nossa História

O programa “Rosas para Joaquina” foi lançado em dezembro/2019 pela Registradora do Ofício do 1º Registro de Montes Claros (1RIMC), Rosiane Rodrigues Vieira, e pelo filho da Joaquina, professor e advogado, Eduardo Vinícius Pereira Barbosa
Trata-se de um programa permanente, que originalmente foi criado como parte das ações de responsabilidade socioambiental do 1RIMC. Contudo, devido à sua importância e replicabilidade, no ano de 2023, expandiu-se a partir dos esforços conjuntos de serventias extrajudiciais, pessoas físicas, organizações da iniciativa privada e órgãos públicos.
Desde agosto/2024, o projeto passou a ser executado pelo Instituto Roseiral, que é uma associação privada sem finalidades lucrativas, inscrita no CNPJ sob n.º 56.963.005/0001-74, com sede em Montes Claros-MG e atuação nacional.
Os principais problemas tratados são a violência contra mulher e seus filhos no âmbito das relações domésticas, familiares e de trabalho, a desigualdade de gênero e as situações que causam o desempoderamento feminino.
O programa teve como inspiração a Joaquina, uma mulher jovem, mãe de dois filhos, vítima de homicídio em razão do gênero em 23 de novembro de 1999, no município de Jaíba, no Norte de Minas Gerais, cuja história contamos a seguir.

A história da Joaquina

Joaquina, de 33 anos, morava na cidade de Jaíba – MG, era viúva e tinha dois filhos: a mais velha, Elisângela, de 17 anos, fruto de seu primeiro casamento, e Eduardo, de apenas 4 anos de idade, cujo pai os abandonou assim que teve conhecimento da gravidez.
Joaquina era uma mulher livre. Não era propriedade de ninguém, como os imóveis o são. Como muitas brasileiras, criou sozinha seus filhos, amou-os e educou-os, enquanto assim foi permitido. E a exemplo de outras mulheres, foi vítima de alguém que, certo de exercer um direito seu, resolveu dar fim à vida de Joaquina e retirá-la daqueles que a amavam.
Em 1999, Joaquina iniciou um relacionamento com um vizinho, que era viúvo e pai de duas filhas pequenas. No entanto, o relacionamento não deu certo e Joaquina decidiu pôr fim à relação.
A partir daí, como ele não aceitou a decisão de Joaquina, ela passou a ser pressionada. Eram comuns falas como: “eu te amo e você tem que ficar comigo”, “você é a mãe que eu preciso para as minhas filhas”, “ninguém vai te amar como eu”, ”eu vou melhorar”, “você também teve culpa”.


As pressões ficaram mais intensas e tornaram-se ameaças, inclusive a ponto de ele colocá-la diante de uma arma: “olha o que você me faz fazer”. Em um desses episódios de ameaça, ele só não atirou contra Joaquina porque sua filha Elisângela, já grávida de 8 meses, colocou-se na frente da mãe. 
Diante das constantes ameaças, Joaquina procurou a Delegacia de sua cidade para denunciar o ex-namorado, mas, como naquela época não havia lei que punisse a violência doméstica, ele foi solto no dia seguinte, após o pagamento de cestas básicas, e nunca teve sua arma de fogo apreendida.
Desamparada e com medo, para estar em segurança, Joaquina já havia decidido se mudar para o Estado de São Paulo após o nascimento do neto.
Contudo, no dia 23 de novembro de 1999, às vésperas do nascimento do filho de Elisângela, que foi ter o parto na cidade vizinha, ele foi até a casa de Joaquina e a assassinou na frente do filho caçula, Eduardo. Em seguida, suicidou-se. 
Apesar de tudo, Joaquina ainda vive no coração dos filhos, Elisângela e Eduardo, e em nossos corações! 
Como não é possível mudar o que lhe aconteceu, hoje, Joaquina, a exemplo da Juíza Viviane Vieira do Amaral e de tantas outras mulheres, é a inspiração e nos motiva a conscientizar as pessoas para que histórias de violência como a dela não se repitam.

Poema “Rosas para Joaquina”

Por Pedro Silveira (novembro de 2019)

Rosas para aquela
Que era feliz em fazer coisas
Das quais gostava
E que tudo superava
Possuindo grande alegria de viver.

Rosas para aquela
Que era Mulher de garra
Que adorava conviver
Com aqueles que amava
E que viu nascer.

Rosas para aquela
Que era Filha, Mãe e Irmã,
Que era Vó, Sogra e Amiga
Com quem ficava à vontade
Para dizer e também fazer.

Rosas para aquela
Que era, mas que já não é mais
Por que teve encerrada a vida.
Agora, agora restam apenas saudades
Agora, rosas para Joaquina.

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